Como montar uma máquina, PC, ou notebook para edição de vídeo

 Você sabe o que deve ser levado em consideração no que diz respeito à escolha de um computador para edição de vídeo? Montar um computador para edição de vídeos pode ser uma tarefa complicada, principalmente para usuários menos experientes. 
 
São muitas questões decisivas, como qual tipo de processador comprar, a quantidade ideal de armazenamento e até mesmo se vale a pena investir em uma placa de vídeo. 
 
Saber exatamente o que você precisa é importante, já que, em se tratando de edição, os componentes são determinantes para entregar um material de melhor qualidade.

Componentes essenciais em um computador para edição de vídeo

1. Processador

Edição de vídeo se beneficia de muitos núcleos e altas velocidades — Foto: Anna Kellen Bull/TechTudo

Em suma, o processador é o responsável por acelerar, endereçar, preparar ou resolver os dados recebidos. E, se tratando de softwares de edição, o processador é usado o tempo inteiro, principalmente na hora de renderizar.

Quanto mais potente é o processador do computador para edição de vídeo, mais leve será a execução dos programas instalados.

Então, para as edições mais pesadas, o ideal é um processador Intel i7, escolhendo sempre os de última geração, que se atualizam constantemente.

O processador é sempre fundamental e, em computadores destinados a edição e renderização de vídeo, o componente é ainda mais importante. Esse tipo de trabalho, que consiste em condensar uma linha do tempo e convertê-la em um arquivo único final, é intenso do ponto de vista do processamento. 

ortanto, o usuário vai encontrar melhores resultados com chips que ofereçam muitos núcleos, além de tecnologias de multi-threading, como o Hyper Threading em modelos da Intel, e o SMT, nos componentes da AMD.

Com vários núcleos, o editor de vídeo pode dividir a realização das tarefas em várias linhas de execução. Quanto mais núcleos e threads, mais rápida tende a ser a renderização, já que o computador torna-se capaz de dar conta de mais sequências ao mesmo tempo. Além disso, começar pelo processador é interessante por encaminhar para a seleção da placa-mãe e da memória RAM.

2. Memória RAM

Quantidade de RAM é decisiva para edição sem engasgadas nas transições e no carregamento de clipes — Foto: Divulgação/Kingston

Diferentemente do HD, a memória RAM não armazena as informações permanentemente. Além de agilizar o uso, esse componente é peça fundamental no render, já que permite trabalhar com mais programas de edição ao mesmo tempo.

Isso porque, quanto maior é a memória RAM, mais programas poderão ser utilizados simultaneamente sem sobrecarregar a máquina, fazendo com que você realize o trabalho mais rapidamente.

Novamente, as configurações da memória RAM devem se encaixar com as suas necessidades. Portanto, se você mantém uma rotina de trabalho regular, um PC com 8 GB de RAM funcionará muito bem.

Mas, para suprir aqueles dias de alta demanda, uma máquina com 16 GB de RAM é a ideal.

A memória RAM é importante porque é nela que o editor de vídeo armazena os clipes que estão sendo editados. Vídeos com resoluções maiores e efeitos mais pesados acabam representando arquivos brutos maiores, que ocupam mais espaço na memória RAM.

Vale lembrar que esse tipo de componente é muito fácil de ser substituído em um eventual upgrade. Mas, por outro lado, os preços de RAM costumam oscilar bastante no mercado.

3. SSD ou HD?

Procure combinar HDs de alta capacidade com SSDs rápidos par aum sistema mais eficiente — Foto: Filipe Garrett/TechTudoNo armazenamento, um bom PC para edição precisa equilibrar alta capacidade, para guardar um grande número de arquivos, e alta velocidade, já que isso pode significar uma boa economia de tempo ao salvar suas produções.

Chamamos de HD a memória do computador. Em suas configurações, ele é representado pelo maior número, por exemplo: se um PC possui 8 GB/500GB, significa que ele tem 8 GB de RAM e 500 GB de HD.

Vídeos em formato bruto gerado pela câmera, por exemplo, são sempre maiores em relação aos arquivos editados e comprimidos. Isso significa que investir em alguns terabytes de espaço é ideal, sobretudo para quem pretende manter clipes já usados armazenados, ou mesmo tem em mente editar conteúdos em 4K.

Mas também é interessante buscar tecnologias mais avançadas do que HDs convencionais. SSDs são muito mais rápidos e acabam virando um componente fundamental no processo de edição, já que sua presença pode agilizar o trabalho ao permitir cópia e carregamento rápido dos arquivos a serem editados.

Dependendo da frequência de edição, a memória mínima deve ser de 500 GB. Mas, se o profissional tem uma rotina de trabalho intensa, o melhor é adquirir um computador para edição de vídeo com, pelo menos, 1 TB de capacidade.

O problema é que SSDs de alta capacidade não são nada baratos, especialmente se você procurar unidades NVMe. Um disco SATA com 2 TB de espaço, por exemplo, custa pelo menos R$ 1.800 no mercado brasileiro.

Se todo esse espaço não for suficiente, uma boa alternativa é utilizar HDs externos ou armazenamento na nuvem para guardar os conteúdos. Um bom HD precisa ter um armazenamento grande, já que permite uma transmissão muito mais rápida de dados.

3. Placa de vídeo

A placa de vídeo é a peça do computador que é responsável por controlar e gerir as funções de exibição de vídeo na tela do monitor.

Esse componente serve mais para desafogar a CPU em algumas aplicações. Nos softwares de edição mais robustos, existem várias opções de efeitos especiais que podem ser aplicados utilizando a placa de vídeo ao invés da CPU.

É por essa razão que existem as placas vídeo dedicadas e as embutidas. A placas dedicadas são voltadas exclusivamente para trabalhos gráficos pesados, como jogos e edição de vídeos.

Já as placas embutidas, na verdade, é quando não há uma placa de vídeo de fato. O que existe na máquina mesmo é uma GPU; um processador gráfico que executa as funções da placa de vídeo. Um PC com essas configurações são ideias para atividades básicas.

Mas, para os profissionais de edição, fica óbvio que o ideal é adquirir um computador para edição de vídeo com uma placa de vídeo dedicada.

E nesse caso, para os trabalhos mais pesados, a melhor opção é uma placa GTX1080 de 8 GB ou, no mínimo, uma placa GTX 1050 de 2 GB.

4. Precisa de placa de vídeo dedicada?

Placa de vídeo não é tão importante em PCs para edição — Foto: Divulgação/Nvidia

Placas de vídeo, em geral, não têm um grande impacto no processo de edição de vídeo. Elas podem ajudar muito, mas, no geral, ter ou não uma GPU de R$ 4 mil não vai fazer seu computador exportar o vídeo mais rápido, já que essa tarefa ainda depende muito mais do processador. A principal diferença de ter uma solução gráfica dedicada é na pré-visualização dos clipes e da montagem de efeitos, transições e outras ações costuradas ao longo da sua linha do tempo. Editores como o Premiere, da Adobe, detectam sua placa de vídeo e a utilizam para acelerar esses processos.

É evidente que profissionais mais versáteis, que produzem conteúdo gráfico em 3D e animações, por exemplo, acabam se beneficiando de placas de vídeo dedicada. Isso porque aqui entram em cena exatamente tarefas para as quais as placas de vídeo existem: trabalho pesado com gráficos.

Há ainda outro detalhe técnico que pode levar à necessidade de investir pesado em uma placa de vídeo. Se você precisa acompanhar o trabalho em um monitor com cor em 10 bits, como são os casos dos padrões HDR mais recentes e do Dolby Vision, é interessante optar por placas de vídeo profissionais, como as linhas Nvidia Quadro ou AMD Radeon Pro. Isso porque mesmo as GeForce RTX mais caras e poderosas do mercado reproduzem vídeos a, no máximo, 8 bits.

5. Monitor

Invista em telas de qualidade: um monitor ruim pode prejudicar a qualidade do seu trabalho — Foto: Divulgação/LG

Esse, com certeza, é o componente mais conhecido e dispensa demais apresentações. É por meio do monitor que você conseguirá visualizar tudo nas formas e cores certas, sendo indispensável na hora de editar os conteúdos.

Assim como os outros componentes citados aqui, existem diversos modelos de monitores, com as mais variadas especificações. Cada um deles voltados para um fim distinto.

Os monitores mais básicos são ótimos para as atividades do dia a dia. Já os mais robustos são os mais adequados para os gamers e outros profissionais que precisam de uma escala de cores mais precisa.

A resolução é a configuração mais importante do monitor. É por causa dela que você enxerga, ou não, os mínimos detalhes do que está sendo exibido na tela.

Então, um computador para edição de vídeo, o ideal é um monitor com resolução em 4K ou 5K. Mas, caso você não tenha condições de custeá-lo — quanto melhor forem as especificações, mais caros.

6. Entrada para cartão de memória

Por fim, mas não menos importante, vamos falar da entrada para cartão de memória. Para quem edita vídeos, esse componente é tão essencial como respirar. Afinal, será preciso descarregar os arquivos da câmera de vídeo.

Com ela, o editor otimiza seu tempo, já que consegue conectar o cartão de memória com os vídeos diretamente no computador.

Aqui não existe um tipo de entrada ideal. Apenas preste atenção se o computador para edição de vídeo possui ou não esse componente na hora de comprá-lo.

Fontes: Hotmart e TechTudo